terça-feira, 30 de junho de 2015

[#LeiaResenhas] Augusto Cury - Petrus Logus: O Guardião do Tempo (Livro #1)



#LeiaResenhas Petrus Logus: o Guardião do Tempo (Augusto Cury). Montagem: Renato Souza.
Não é à toa que Augusto Cury é o autor brasileiro mais lido na última década. Já são algumas dezenas de livros publicados, de acordo com seu currículo. No entanto, sua fama é de lançar livros de autoajuda, os quais eu não costumo curtir, a não ser quando têm toda uma boa história por trás dos grandes ensinamentos, como é o caso de “Petrus Logus: o Guardião do Tempo”.

É engraçado como me deparei com esse livro por eventualidade e como ele me prendeu desde a primeira página. Há alguns meses tinha lido “Armadilhas da Mente”, do mesmo autor, e fiquei fã logo de cara devido às grandes lições de vida que ele consegue passar através dos diálogos entre os personagens. Com Petrus Logus e coadjuvantes não é diferente. Além disso, eu não esperava que esse livro levaria tão a sério o estilo aventura ao ponto de ser apenas o primeiro de uma (possível) trilogia.

Na premissa, a humanidade foi quase totalmente dizimada após o fim da Terceira Guerra Mundial, que ocasionou um desastre sem precedentes. Os recursos naturais se tornaram quase nulos, a sociedade passou a ser liderada por um rei e foi proibido o acesso aos recursos tecnológicos e às principais fontes de conhecimento, como os livros. Dessa forma, a população também deixou de ser permitida de criticar as autoridades. Por quê? Porque na teoria foi justamente o acesso ao conhecimento que ocasionou o desastre na Terra, já que a maioria dos seres humanos se mostrou despreparada para lidar com a quantidade de informações proporcionada pelo avanço tecnológico e passou dos limites devido ao excesso da vaidade em detrimento de outros valores mais importantes e essenciais à convivência.

Sinopse muito chamativa e que com certeza nos levaria a refletir sobre o mundo atual. Só que eu não sabia que Augusto Cury conseguiria encaixar uma boa história de aventura em todo esse cenário distópico. Acompanhamos o sofrimento de Petrus (personagem principal) logo nas primeiras páginas pelo fato de ele carregar em si a vontade de questionar, aprender e ser justo com as pessoas. Isso lhe causa muitos castigos e inclusive a rejeição da sua própria família. Em meio a toda essa trajetória ele faz bons amigos e com isso nos deparamos com diálogos muito reflexivos sobre a sociedade atual. O que eu gosto dos livros de Augusto Cury é justamente isso, que durante várias passagens você se encanta com as frases de reflexão e pensa exatamente da mesma forma ou acaba aprendendo e aplicando aquilo para a sua vida.

Estamos vivendo uma situação em que as pessoas têm dificuldade de manter o equilíbrio emocional. Nos enjoamos muito rápido das coisas, deixamos de nos alegrar com coisas simples, nos vemos em estado cada vez mais constante de ansiedade, entre outros cenários. Precisamos aprender a equilibrar as nossas emoções, deixar o preconceito de lado, termos mais humildade ao invés da vaidade e nos colocarmos no lugar do outro para só assim conseguirmos viver de verdade. Através da metáfora do livro entre Petrus e seu leão, percebemos a importância de sabermos controlar os nossos instintos, naturais de todo ser humano, mas que causam bastante estrago quando não são domados.

O fato de ser um livro com uma boa história e ser bastante reflexivo o colocou na minha lista de favoritos, mas algumas críticas minhas impediram que ele ganhasse nota máxima. Não sei se é pelo fato de ser a primeira vez que Augusto Cury escreve uma aventura desse porte, mas alguns exageros durante a sua escrita chegaram a incomodar. Existe um excesso de “íssimos” que poderia ser diminuído para deixar a história mais adulta, fora os exageros relacionados à reação dos personagens, do tipo “todos choraram muito”, “eu não posso viver sem você”, penso que esses termos já estão ultrapassados (risos). Ainda, existem algumas falhas no roteiro quando algumas situações se resolvem de maneira muita rápida, deixando explicações básicas de lado, principalmente nas últimas páginas.

Tirando isso, o livro foi uma grata surpresa, pois não imaginava uma junção aventura + autoajuda, e que surpreendentemente deu muito certo sem ficar monótono e cansativo. A todo momento nos deparamos com um acontecimento diferente e é uma pena (ou ainda bem) que foi só o primeiro volume, o que deixou várias pontas soltas ao final da história. Mal posso esperar para acompanhar os próximos capítulos. Leiam!

terça-feira, 16 de junho de 2015

O Sucesso Mundial de "A Garota No Trem"

Comparado ao memorável Garota Exemplar (Gone Girl), The Girl on the Train (A Garota no Trem), de Paula Hawkins, com lançamento previsto para 2015 no Brasil, o livro já vendeu mais de 2 milhões de exemplares pelo mundo.

"A Garota no Trem" (Paula Hawkins) já é um sucesso mundial. Montagem: Renato Souza.
Os leitores viciados em suspense psicológico com certeza se impressionaram recentemente com o "Garota Exemplar". Dessa forma, qualquer obra que seja pelo menos comparada a essa imediatamente merece atenção. Assim, presente por mais de 13 semanas na lista dos mais vendidos de acordo com o The New York Times, The Girl on the Train, de Paula Hawkins, já é um sucesso.

Com os direitos para a adaptação cinematográfica comprados pela Dreamworks, o livro será lançado pela editora Record ainda em 2015 no Brasil, mas sem data definida. A capa e a sinopse oficiais já foram divulgadas, sendo que esta pode ser conferida logo abaixo:

Rachel pega o mesmo trem toda manhã. Ela sabe que ele vai esperar no mesmo sinal toda vez, com vista para uma fileira de quintais. Ela até começou a sentir como se conhecesse as pessoas que vivem em uma destas casas. ‘Jess e Jason’, é como ela os chama. A vida deles como ela vê é perfeita. Se ao menos Rachel pudesse ser tão feliz assim. E então ela vê algo chocante. É apenas um minuto antes do trem se mover, mas é o suficiente. Agora tudo mudou. Agora Rachel tem uma chance de se tornar uma parte da vida que ela só assistiu de longe. Agora eles verão; ela é muito mais do que apenas a menina no trem…

A sinopse é no mínimo intrigante e gera algumas perguntas na cabeça do leitor. O fato da autora ser comparada à Gillian Flynn se deve muito à sua escrita. As duas histórias causam uma sensação de medo, trazem detalhes do assassino e os múltiplos narradores das histórias não são confiáveis. Porém, as comparações param aí, uma vez que existem diferenças cruciais entre as protagonistas, mas que não podem ser ditas sem gerar spoilers acerca dos livros.


E você, também está ansioso por este lançamento? Este livro promete impressionar os leitores. Que seja lançado logo!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

O Que Que "A Rainha Vermelha" Tem?

Até mesmo antes de ser lançado, o livro "A Rainha Vermelha", de Victoria Aveyard, já fez um sucesso assustador. Os direitos de adaptação para o cinema imediatamente foram comprados, o filme está em andamento (Elizabeth Banks está em negociações para dirigir) mesmo sem ainda ter sido lançado no Brasil e os leitores "surtaram" para acompanhar essa obra.

Victoria Aveyard, Elizabeth Banks e A Rainha Vermelha. Montagem: Renato Souza.
Com apenas 24 anos, Victoria Aveyard conseguiu o feito de se tornar autora best-seller, de acordo com a lista do The New York Times, desde que lançou o seu livro "The Red Queen". As distopias vêm sendo destaque desde Jogos Vorazes, mas nenhuma conseguiu superá-lo, o que tem tudo para acontecer agora com A Rainha Vermelha.

Na sinopse oficial...

O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.

Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?

Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe — e Mare contra seu próprio coração.

Sem dúvida é um livro que promete bastante mistério, intriga e um clima eletrizante, mas ainda sim não é o suficiente para fazer com que o leitor tenha imediatamente que comprá-lo. É necessário ver um boca a boca positivo nas redes sociais, e foi o que aconteceu. Até mesmo antes de chegar na versão brasileira, onde o lançamento oficial acontece neste 16 de junho, muitos já "gastaram" o seu inglês acompanhando a versão americana, ou então, através de parcerias com as editoras, já conferiram a história distópica.

O próximo livro da saga só será lançado no dia 9 de fevereiro de 2016, isso na versão americana, e o título ainda não foi definido. Porém, o sucesso é tão grande que o filme já está em andamento e a atriz e também diretora Elizabeth Banks (Pitch Perfect 2) estaria em negociações para dirigir o primeiro longa.

Uma coisa é fato: a curiosidade fica cada vez maior quando você vê o falatório positivo de todos que conseguiram acompanhar o livro de alguma forma até agora. No skoob a sua nota atualmente está em 4.7 de 5, a qual é considerada quase perfeita. A partir desta terça (16/06), todos poderão finalmente descobrir o que A Rainha Vermelha tem. A expectativa é enorme. Que seja uma série memorável.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

[#LeiaResenhas] Gillian Flynn - Lugares Escuros

Crítica do livro "Lugares Escuros", de Gillian Flynn. Montagem: Renato Souza.
Depois de ter lido um marcante "Garota Exemplar" e depois um esquecível (nem tanto) "Objetos Cortantes" (livro de estreia de Gillian Flynn), finalmente pude acompanhar a segunda obra da autora, intitulada "Lugares Escuros". Caramba, não sei por onde começar a descrever o que senti ao ler este livro.

Em plena época de ideias escassas, personagens mal trabalhados e histórias mal encaixadas, precisamos voltar as atenções para aqueles escritores que conseguem imprimir uma identidade em suas histórias. Nesse cenário, um dos maiores destaques do suspense psicológico da atualidade vem se firmando com apenas três livros lançados, sendo que o seu segundo (Lugares Escuros), com filme a ser lançado no próximo dia 18 de junho, foi o mais recentemente lançado pela editora intrínseca.

A sinopse é novamente atrativa. Em 1985, um massacre marcou a cidade de Kinakee, Kansas City, onde duas crianças foram assassinadas, juntamente com a mãe delas. O irmão das menininhas, Ben Day, foi acusado dos assassinatos pela irmã Libby Day (também sobrevivente) e desde então passou a vida na cadeia, cumprindo a sentença de prisão perpétua. No entanto, após ser chamada para comparecer a um grupo de discussão de assassinatos famosos, intitulado "Kill Club", Libby decide revirar o passado e investigar se o que de fato aconteceu naquela noite foi o que ela viveu 25 anos acreditando.

Este é o terceiro (e último livro lançado) que eu leio de Gillian Flynn e são tantos elogios que nem sei por onde começar. Nenhuma das histórias foram sequer parecidas. Sua identidade se firmou em sempre contar uma história única.

Em Lugares Escuros, o desenvolvimento foi impecável e a alternação narrativa de três membros da família proporcionou uma grande dinâmica na obra. Um capítulo é Libby (primeira pessoa), o outro é Ben (terceira pessoa), o outro volta pra Libby e o ciclo se fecha com a mãe deles Patty Day (terceira pessoa). Dessa forma, o leitor acabou descobrindo algumas coisas primeiro do que a principal personagem e essas vantagens foram sendo utilizadas no momento certo a fim de proporcionar uma tensão muito maior.

O que pode causar cansaço em alguns leitores é a ausência de diálogos em grande parte da obra, mas este fator é justificado no foco da autora em montar o perfil psicológico de cada personagem, o que faz com maestria, pois cada um deles se torna marcante à sua maneira. Um destaque para a acidez nos pensamentos da protagonista (risos).

Vale ressaltar a evolução de Flynn se compararmos com o seu primeiro livro (Objetos Cortantes). Se antes ela havia se mostrado inexperiente com diversos aspectos da escrita, em Dark Places esses erros simplesmente não existem. O quebra-cabeça sobre o que aconteceu na noite do massacre ficou mais complicado de se resolver a medida que o livro avançou, até chegar em um final de deixar qualquer um de queixo caído. Muito surpreendente!

Mesmo com todas essas críticas positivas, gostaria de deixar um aviso: não garanto que os mesmos que gostaram de Garota Exemplar irão gostar deste livro. Aliás, acredito que Lugares Escuros ainda dará muita polêmica devido ao tema que ele contém: "a adoração ao satanás". Existe uma cena que achei bem pesada e me pergunto se ela será levada com precisão para as telas, pois será muito forte caso isso aconteça e gerará muita discussão entre os mais céticos. É claro que esse tipo de culto não é o tema dominante no livro, mas faz parte do contexto.

Se Objetos Cortantes não me causou o mesmo êxtase que Garota Exemplar, Lugares Escuros conseguiu o feito. O livro veio pra ficar marcado na memória e mal posso esperar para acompanhar o filme, que contará com grandes atores e uma boa produção. Espero que seja bastante fiel, como Gone Girl foi. Uma pena que Gillian Flynn vai demorar lançar sua próxima obra, visto que está em um projeto com o diretor David Fincher. A literatura mundial precisa de mais autores originais e ousados como ela. Me tornei um fã! #LeiaUrgente

quinta-feira, 11 de junho de 2015

[#LeiaResenhas] Teri Terry - Reiniciados (Trilogia Reiniciados #1)

Crítica do livro Teri Terry - Reiniciados (Trilogia Reiniciados #1). Montagem: Renato Souza.
Distopia passou a ser moda desde o grandioso "Jogos Vorazes". Neste gênero, uma leva de livros foi lançada na tentativa de fazer o mesmo sucesso que o representante do estilo literário, mas nenhum ainda conseguiu na mesma proporção, e não é diferente com o livro "Reiniciados", de Teri Terry.

A premissa é daquelas de fazer qualquer um querer adquirir o livro. Num futuro distópico, os reiniciados são aqueles que desobedeceram à lei de alguma forma e tiveram as suas memórias e personalidade apagadas. Kyla, personagem principal, é um desses indivíduos, que são sempre adotados por uma família e precisam respeitar seu "nivo" - espécie de regulador das emoções do reiniciado, sendo 10 para muito feliz. Dessa forma, experimente sentir medo, raiva ou qualquer sentimento do gênero e terá uma morte rápida. É preciso controlar esse nivo a todo momento se quiser sobreviver. Tentar removê-lo não é uma alternativa. O governo precisa de uma sociedade controlada. Interessante, não? Mas o desenvolvimento é muito lento.

Ao ler a sinopse temos a sensação de estar diante de um livro eletrizante. Temos uma personagem que não sabe o que ela fez antes de ser reiniciada e isso se torna um mistério para o leitor também. No entanto, ela passa inexplicavelmente a ter lembranças muito vagas da sua vida anterior. É aí que o cenário "não posso confiar em ninguém" poderia ser muito bem trabalhado, mas não foi. A autora não se aprofundou nos personagens e não temos grandes acontecimentos na história. Isso mesmo: durante pouco mais de 400 páginas, não temos praticamente nenhum avanço.

Apesar desses pontos negativos, o que te faz querer terminar o livro é a escrita leve. Também, existe um potencial na história que te faz querer acompanhá-la, mesmo com as decepções. Se mais personagens tivessem sido inseridos e melhor trabalhados e mais surpresas acontecessem, com certeza estaríamos diante de um livro perfeito. A autora pecou pela simplicidade excessiva e falta de agilidade.

Este início de trilogia não me empolgou, mas gostaria de deixar uma ressalva: a história pode melhorar a partir do segundo livro. O que não foi desenvolvido em "Reiniciados", pode vir a acontecer em "Fragmentada", mesmo que a primeira obra não tenha causado aquela necessidade de ler imediatamente a sequência. Talvez em um futuro próximo eu leia, mas não é prioridade.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

O Próximo Livro de Gillian Flynn Deve Demorar

Gillian Flynn já conquistou uma legião de fãs com apenas três livros lançados, mas os leitores terão que esperar bastante pelo quarto livro da autora.

Próximo livro de Gillian Flynn deve demorar. Montagem: Renato Souza.
Recentemente a editora Intrínseca lançou as três obras da autora Gillian Flynn, a qual conquistou bastante fama após o sucesso de público e crítica do filme homônimo do seu livro "Garota Exemplar" (Gone Girl), que arrecadou mais de 368 milhões de dólares pelo mundo de acordo com o Box Office Mojo, mesmo com um orçamento de 61 milhões. A autora foi responsável por roteirizar o longa e isso não só o deixou bastante fiel ao livro, como também chamou a atenção da TV britânica.

Quando estava escrevendo o seu próximo livro, que teria um conto de assassinato do folclore americano, Gillian precisou abandonar temporariamente a literatura ao aceitar uma proposta irrecusável de roteirizar todos os episódios do remake da série "Utopia". O convite veio do diretor David Fincher ("A Rede Social", "Os Homens Que Não Amavam as Mulheres" e "Garota Exemplar"), o qual disse que o projeto tomaria todo o tempo de Flynn em 2015, mas a autora não hesitou em aceitar a proposta.

Antes disso, os fãs poderão apreciar mais um dos trabalhos de Gillian sendo transportado para o cinema no próximo dia 18 de junho (Brasil) com o filme da sua obra "Lugares Escuros" (Dark Places). Na sinopse, Libby Day (Charlize Theron) foi sobrevivente de uma chacina que matou suas duas irmãs e a sua mãe. Com 7 anos, o único suspeito dos crimes foi o seu irmão Ben Day, que desde então ficou preso devido à acusação da irmã. No entanto, 25 anos depois o passado será revivido e a verdade será revelada. O elenco e a produção são de primeira e, se seguir o ritmo de Garota Exemplar, o sucesso está garantido.

Era de se esperar que a fama de Gillian Flyn iria além dos livros, mas não deixa de ser uma pena que sua próxima obra venha a demorar. Ela se destacou devido a sua originalidade na escrita, apresentando personagens bastante complexos e de grande carga psicológica. A sua proposta de sempre escrever histórias únicas a colocou entre as melhores escritoras da atualidade. Apenas seu último livro (Gone Girl) vendeu mais de 6 milhões de exemplares pelo mundo. Quem sabe o ano que vem possamos acompanhar mais personagens marcantes e bem construídos da autora.

terça-feira, 9 de junho de 2015

[#LeiaCuriosidades] Os Benefícios da Leitura

Além de ser uma excelente opção de entretenimento, a leitura traz inúmeros benefícios, como a prevenção contra o Alzheimer e a redução de estresse.

Alguns benefícios da leitura. Montagem: Renato Souza.
Em recente pesquisa divulgada no Jornal da Rede Globo de TV, apontou-se uma queda no número de leitores em 2014. O dado foi preocupante: 7 em cada 10 pessoas não leram um livro sequer no período, fator justificado, entre alguns apontados pela pesquisa, pelo crescente uso da internet em dispositivos móveis. Nesse cenário, é importante destacar os inúmeros benefícios que a leitura pode trazer na tentativa de resgatar essa questão cultural que aos poucos vem sendo deixada de lado.

Muitos buscam uma forma de melhorar a sua memória, quando ler um livro pode ser uma excelente alternativa para resolver isso. A ação possibilita que novas vias cerebrais sejam criadas e que as existentes sejam reforçadas, auxiliando no processo de memorização. O leitor precisa imaginar personagens e cenários e isso provoca um grande estímulo mental, que ajuda a evitar que doenças como Alzheimer sejam adquiridas, afinal, se o cérebro está exercendo sua função, tudo está em seu devido lugar.

Em tempos de smartphones, tablets e etc, frequentemente estamos conectados a diversas mídias sociais. Nesse contexto, tirar nem que seja um pequeno tempo do dia para um bom livro ajuda a melhorar a concentração no trabalho. Ler reduz o estresse e gera paz interior.

Além desses fatores, mais do que um benefício saudável, alguém que frequentemente está lendo consegue ganhar destaque profissional com mais facilidade, além de ele ser visto como exemplo em seu meio social. A leitura possibilita ao indivíduo uma expansão do vocabulário, uma melhoria na escrita e maior sabedoria, visto que ele desenvolve seu pensamento crítico e torna-se capaz de discutir sobre qualquer assunto.

Mesmo tendo conhecimento dessas qualidades, nem sempre é fácil adquirir o hábito da leitura. Para isso, é importante descobrir qual é o gênero que mais te agrada para que ler não se torne um entretenimento entediante. Uma vez definido o gosto literário, os livros devem fazer parte da rotina devido aos vários benefícios citados aqui. Então, está esperando o que para começar? #LeiaLivros.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Novas Capas da Série Millennium e Estreia do Quarto Volume

Os livros de grande sucesso da trilogia Millennium, do escritor Stieg Larsson, ganharão novas capas e o escritor sueco David Largencrantz é escolhido para dar prosseguimento às histórias de Lisbeth e Mikael Blomkvist.

Novas capas e quarto volume da Saga Millennium. Montagem: Renato Souza.
A trilogia Millennium, escrita pelo sueco Stieg Larsson e composta pelos livros "Os Homens que Não Amavam as Mulheres", "A Menina que Brincava com Fogo" e "A Rainha do Castelo de Ar", conquistou uma legião de fãs. Com mais de 80 milhões de exemplares vendidos pelo mundo, a série já foi adaptada para os cinemas em seu país de origem e teve seu primeiro livro adaptado na versão americana.

Infelizmente Stieg Larsson morreu em 9 de novembro de 2004, vítima de um ataque cardíaco, e infelizmente não pôde presentear seus leitores com mais obras do seu perfil. A história envolvendo a hacker de computador Lisbeth Salander e o jornalista Mikael Blomkvist teve que ser interrompida e muitos ficaram órfãos de suas trajetórias. Porém, a Companhia das Letras, atual editora da série de livros, preparou um novo lançamento com novas capas da trilogia de Stieg Larsson e um quarto volume da série (inédito), intitulado "A Garota na Teia de Aranha", o qual foi escrito por David Largencrantz.

É comum que, quando um escritor faz muito sucesso e morre, a família dele defina um sucessor para o império, mas que não deixe de lado a identidade da escrita. Para este caso, o pai (Erland) e o irmão (Joakim) de Stieg Larsson escolheram o escritor sueco David Largencrantz para continuar as aventuras de Lisbeth e Mikael.

Na sinopse oficial do quarto livro, a genial hacker Lisbeth Salander e o jornalista Mikael Blomkvist precisam juntar forças para enfrentar uma nova e terrível ameaça. É tarde da noite e Blomkvist recebe o telefonema de uma fonte confiável, dizendo que tem informações vitais aos Estados Unidos. A fonte está em contato com uma jovem e brilhante hacker - uma hacker parecida com alguém que Blomkvist conhece. As implicações são assombrosas. Blomkvist, que precisa desesperadamente de um furo para a revista Millennium, pede ajuda a Lisbeth. Ela, como sempre, tem objetivos próprios.

A expectativa já deve estar grande entre os leitores. Com pré-venda em diversos sites de livros e estreia prevista para o dia 27 de agosto, A Garota na Teia de Aranha, que conta com mais de 500 páginas, promete resgatar a legião de fãs que Stieg Larsson deixou. Que o sucesso esteja garantido e que mais livros possam surgir do novo autor da série Millennium.

domingo, 7 de junho de 2015

[#LeiaResenhas] Jennifer A. Nielsen - O Rei Fugitivo (Trilogia do Reino #2)

#LeiaResenhas Jennifer A. Nielsen - O Rei Fugitivo. Montagem: Renato Souza.
Há algum tempo li o primeiro livro da Trilogia do Reino (O Falso Príncipe) e até havia gostado, mas nada que me fizesse buscar rapidamente a sequência. Então resolvi acompanhar “O Rei Fugitivo”, me surpreendi e simplesmente devorei a leitura.

Depois do final surpreendente de “O Falso Príncipe”, a saga de Sage (Jaron) continua e ele é obrigado a se arriscar em um plano. Mais uma vez não posso me aprofundar muito em uma sinopse, pois foram várias as surpresas guardadas para o protagonista e, consequentemente, para o leitor.

A história deste segundo livro foi muito mais tensa que a do primeiro. As primeiras 60 páginas denunciaram um cenário perigoso nas terras de Carthya quando Sage abriu mão temporariamente do trono para colocar em prática uma mirabolante ideia, e eu não pensei que fosse curti-la tanto. Mesmo com um plano muito bem criado pelo futuro jovem rei, ele tinha consciência de que muitas coisas poderiam dar errado e que ele corria sério risco de vida, juntamente com as pessoas que envolvesse.

A todo momento somos surpreendidos no livro. O clima tenso e preocupante não para. Mesmo sendo um livro juvenil, ao arriscar sua vida Sage faz com que o leitor ao mesmo tempo tenha medo de ler e não consiga parar de ler. Quando as surpresas acontecem e percebemos que ainda faltam muitas páginas para acabar, nos perguntamos: “Meu Deus, o que virá a seguir?”. Porém, a inteligência de Jaron em lidar com cada situação adversa nos faz o aplaudir de pé e perceber o quanto ele tem características de um líder. Apesar de sua pequena soberba, ele conquista até mesmo os inimigos com suas atitudes.

Eu não posso me aprofundar muito no enredo sem dar spoilers, mas depois de ler O Rei Fugitivo você vai passar a ver a guerra sob outro ponto de vista. Ela deve ser tratada com inteligência e “ganhar” deve adquirir um novo significado, acredito que essa seja a proposta de Jennifer A. Nielsen.

Este segundo livro da Trilogia do Reino me fez tornar fã da saga e eu o coloco como um dos melhores eu li em 2015. Jaron e Jennifer (autora) definitivamente ganharam o meu respeito e é uma pena que tenha apenas mais um livro (O Trono das Sombras) para concluir a história. Como de costume, vou precisar me segurar e deixar para lê-lo depois (risos). Recomendadíssimo!

[#LeiaResenhas] Samantha Hayes - Até Você Ser Minha

#LeiaResenhas Samantha Hayes - Até Você Ser Minha. Montagem: Renato Souza.
A minha queda por livros de suspense psicológico me leva a querer comprar quase todos os lançamentos desse gênero. Recentemente me deparei com o chamativo "Até Você Ser Minha", de Samantha Hayes. A premissa era uma das melhores e criei muitas expectativas pelo livro, mas que infelizmente não foram completamente satisfeitas.

A sinopse é simples: Claudia está prestes a dar a luz a seu primeiro bebê quando uma misteriosa babá (Zoe Harper) é contratada para ajudá-la nas últimas semanas antes do parto, já que seu marido (James), que é da marinha, ficará ausente a trabalho por dois meses a partir de alguns dias. Paralelamente, uma dupla de policiais passa a investigar um assassinato envolvendo uma mulher que estava grávida, mas foi encontrada em uma banheira na sua casa juntamente com o seu bebê recém-abortado.

O que eu preciso elogiar neste livro é sem dúvida a sua escrita. A autora escreve os capítulos no tamanho perfeito e alterna três narrações na história: a narrativa em primeira pessoa da personagem Claudia, a narrativa em primeira pessoa da babá Zoe e a narrativa em terceira pessoa envolvendo os policiais Adam e Lorraine. Além disso, os personagens têm seus perfis psicológicos muito bem definidos. Sentimos a realidade da história e nos cativamos fácil por ela. E é esse alto nível que encontramos em pouco mais de 100 páginas, mas a partir disso falhas infelizes da autora atrapalharam o desenvolvimento.

Se no começo mal queremos largar o livro, depois passamos a ter a sensação de que estamos sendo muito enrolados. Aos poucos percebemos que alguns capítulos e "mini-histórias" foram totalmente desnecessárias e só atrapalham o clima eletrizante que havíamos encontrado anteriormente. De uma leitura fácil passamos para uma leitura monótona e cansativa. Nesse cenário, temos tempo o suficiente para teorizar diversos suspeitos e ligação entre os personagens e tramas. Se você for um leitor acostumado com o gênero como eu, certamente não irá se surpreender com a principal reviravolta do final. Como disse, houve páginas de sobra para conseguirmos teorizar a surpresa.

Se não fosse por essa queda de ritmo, o livro estaria entre um dos melhores que já li recentemente, porque sua história é bastante original e muito bem encaixada. Apesar da reviravolta principal no desfecho não ter me causado tanta surpresa, Samantha ganhou o meu respeito ao inserir outras surpresas que realmente eu não estava esperando. Com certeza salvaram o livro de receber uma nota ainda menor. Ainda, penso que o epílogo foi um dos melhores que eu já li. Gostei muito de todos os ganchos deixados pelo livro terem sido concluídos nessa parte. A última linha, então, foi surpreendente e queria ter tido mais finais de capítulo como este. Uma pena, foi muito talento desperdiçado.

Queria ressaltar que a escrita é incrível e deixar uma ressalva de que aqueles que não estão acostumados com o gênero poderão se surpreender muito com "Até Você Ser Minha" e provavelmente o classificará com uma nota maior. Para estes eu recomendo, mas para os outros apenas leiam quando puder.

[#LeiaResenhas] Pittacus Lore - A Ascensão dos Nove (Os Legados de Lorien #3)

#LeiaResenhas Pittacus Lore - A Ascensão dos Nove. Montagem: Renato Souza.
Nem sei por onde começar esta resenha, já devo ter perdido a imparcialidade na crítica dessa saga há algum tempo, eu confesso (risos). No entanto, vou tentar falar um pouco sobre este terceiro livro (de um total de sete) da série de “Os Legados de Lorien”. Penso que para uma série te conquistar não é necessário que apenas o primeiro livro seja bom, mas principalmente a sua continuação. Então, se o terceiro for ainda melhor, você já pode considerar a saga de forte potencial.

São muitos os pontos positivos de “A Ascensão dos Nove”. A ação está mais presente do que nunca e os “números” passam a ter menos tempo para se recuperar das batalhas. Porém, o que eu valorizo bastante é que elas não são apenas para “não deixar o livro parado”, porque todas estão dentro de um contexto bem definido.

O livro também se destaca pelo fato de não ser centralizado em apenas um personagem. São vários os protagonistas e cada lorieno tem uma personalidade própria. Torcemos muito por cada um. Aliás, para mim, o que tornou a obra memorável e ainda mais eletrizante foi o tipo de narração.

Se em “O Poder dos Seis” vimos a alternância dos pontos de vista de Quatro e Sete, neste temos a alternância de Quatro, de Seis e de Sete entre os capítulos. Eu nunca tinha lido um livro com três pessoas narrando e isso deu uma dinâmica na história que fez com que eu não quisesse largar a leitura. Eu admiro bastante esse dinamismo que o autor apresenta. Ainda, ele não perde tempo delineando coisas desnecessárias à história. Cada cena e personagem são descritos na medida certa.

Eu disse anteriormente e torno a frisar: o autor tem total domínio da saga e sabe muito bem aonde quer chegar ao final dela, tanto que em uma entrevista ele disse que utilizaria quantos livros fossem necessários para contar adequadamente a história dos lorienos, mas já divulgou oficialmente que o sétimo será o último.

Este terceiro livro foi de tirar o fôlego e vou ter que me controlar muito para não ler a sequência agora, pois preciso guardar para mais à frente, afinal ainda existe o sexto livro para ser lançado na versão brasileira (O Destino dos Dez) e o último que ainda nem foi escrito. Grande expectativa!

[#LeiaResenhas] Josh Malerman - Caixa de Pássaros

#LeiaResenhas Josh Malerman - Caixa de Pássaros. Montagem: Renato Souza.
Curioso que desde sempre gostei de filmes de terror, mas nunca tinha lido um livro nesse estilo. Então dei de cara com o “Caixa de Pássaros”. Em um cenário pós-apocalíptico, as pessoas de repente começaram a surtar e a se matar de maneira bem violenta. Os eventos logo são atribuídos a alguma criatura misteriosa que eles enxergaram antes de enlouquecer e que ninguém sobreviveu para contar como essas criaturas são. Assim, o sentido da visão passa a ser o seu pior inimigo, uma vez que enxergar pode culminar a sua morte iminente.

O livro se intercala entre passado, quando o surto começou, cerca de quatro anos antes; e presente, composto pela protagonista Malorie e seus dois filhos, onde são poucos os sobreviventes no mundo. Logo no início você já se sente fascinado devido a diversos fatores. A escrita é bem feita e sem enrolação, o cenário é desesperador e a história se mostra bastante original. Pra mim, esses foram os pontos mais positivos do livro e que também me fizeram “devorá-lo” em apenas três dias.

No entanto, vou deixar aqui um conselho para aqueles que costumam sentir medo em coisas de terror: evite ler este livro à noite e em lugar muito silencioso, especialmente no quarto (risos). Eu já me considero acostumado com cenas de horror e suspense, mas percebi que ler por muito tempo essa história antes de dormir não seria uma boa. Houve capítulos que de fato causaram medo e adrenalina graças à boa condução do autor. Você começa a olhar para as janelas e para as portas da sua casa e a sentir certo medo, já que no livro os poucos personagens ficam trancafiados em uma casa e com as janelas todas cobertas para que nenhuma luz natural possa entrar. Sair a céu aberto pode custar suas vidas, a não ser que tapem os olhos. O tipo de medo que é possível sentir neste livro é parecido com aquele ao assistir a “Sinais”, um dos filmes que mais me causaram tensão justamente pelo fato dos protagonistas saberem que existem seres entre eles e não saberem ao certo o que são.

Apesar de todos esses aspectos positivos, é justamente por estarmos diante de uma história original e de grande potencial que sentimos que ela poderia ter dado um pouco mais. Mesmo com uma escrita bem conduzida e cenas assustadoras, o livro precisava ter apresentado maior agilidade e, principalmente, maiores surpresas, ainda mais por ser relativamente pequeno (268 páginas). Abordar um pouco mais os conflitos entre os personagens teria tornado esta obra perfeita, pois, apesar de se tratar de um terror com presença de criaturas sobrenaturais, ele tem grande enfoque no medo do desconhecido e na convivência e nas formas de sobrevivência dos poucos personagens quando existe a escassez de água e comida.

Então, com todos esses elementos, considero “Caixa de Pássaros” como um livro que poderia ter sido impecável, mas ainda sim foi uma grata surpresa que tive em 2015. Excelente estreia do autor. Recomendo com certeza!

[#LeiaResenhas] Julie Cross - Vortex (Tempest #2)

#LeiaResenhas Julie Cross - Vortex. Montagem: Renato Souza.
Talvez eu devesse começar por...
Ou talvez eu devesse explicar...
Ou então eu poderia citar...

Pois é, é ruim apresentar insegurança no texto dessa maneira, mas foi mais ou menos o que senti ao ler o segundo livro da trilogia “Tempest”, intitulado “Vortex”. Meio irônico cobrar uma sequência lógica de um livro sobre viagens no tempo, mas a falta de explicações para a história e uma coesão aceitável incomodou. Vou resenhar sem dar spoilers de nenhum dos livros.

No primeiro acompanhamos a trajetória do protagonista Jackson assistir ao assassinato da sua amada Holly e ficar preso em 2007 após saltar dois anos para o passado acidentalmente. Assim, mesmo com alguns pulos pelo tempo, conseguimos acompanhar o personagem principal e entender todo o enredo, que se mostrou bem conduzido pela autora, apesar de ter faltado um pouco mais de descrições dos cenários e das batalhas. Porém, se esses erros no primeiro livro não chegaram a incomodar, para o segundo tomou proporções bem graves.

Depois da decisão tomada por Jackson, acompanhamos as consequências desse ato em “Vortex” e nos deparamos com uma renovação surpreendente na história. Novos e bons personagens foram introduzidos e a questão das viagens no tempo foi trabalhada com muito mais complexidade do que imaginávamos. Se antes acompanhamos uma história mais simples, no segundo livro da trilogia muito mais elementos foram adicionados, até demais.

Julie Cross é boa em construir bons momentos e uma história bem original, mesmo quando o tema pode não ter muito o que oferecer de novo, como “viagens no tempo”. No entanto, a autora pecou demais em ter adicionado tantas coisas de uma só vez. Eu quis acompanhar para ver se no final teríamos explicações para tantas perguntas que foram sendo deixadas durante a obra, mas não, tudo ficou de fato mal explicado. Em outras palavras, não “engolimos” os porquês. Além disso, é quase impossível imaginar os cenários e como as lutas estão acontecendo. O leitor tem que ser mestre na adivinhação, pois faltam descrições básicas. Vejam bem: eu detesto livros que enrolam muito descrevendo tudo e todos, mas não descrever coisas essenciais também é revoltante.

Vortex tem pontos positivos. Existem bons diálogos e boas discussões sobre como o tempo funciona. Algumas cenas foram muito boas, mas às vezes ficou a sensação de que o capítulo precisou ser interrompido porque o tempo acabou (sem trocadilhos, risos). Quando parecia que começaríamos a entender o raciocínio, o desenvolvimento acabava.

Apesar de todas essas críticas que deixei registradas, quero ressaltar que a queda do primeiro para o segundo livro não deixou a história menos interessante e continuo querendo acompanhá-la, ainda mais pela forma como acabou, mostrando que podemos ter um terceiro livro muito bom e melhor do que este foi.

Vortex não entra para o rol de “decepcionantes”, até mesmo porque algumas perguntas poderão ser respondidas em "Timestorm". Além disso, como já disse em resenha anterior, o tema me agrada.

[#LeiaResenhas] Jay Asher - Os 13 Porquês

#LeiaResenhas Jay Asher - Os 13 Porquês. Montagem: Renato Souza.
Tenho certeza que alguns devem olhar minhas resenhas e devem falar que eu só dou nota alta, que devo gostar de tudo (risos). Não é bem assim. É que antes de comprar um livro eu pesquiso bastante sobre ele para ter certeza de que não vou errar, e dificilmente eu erro. Ou eu gosto muito do livro ao ponto de lê-lo o mais rápido que puder ou às vezes nem consigo terminá-lo, o que me impede até de fazer uma análise e vocês acabam nem sabendo que o achei ruim. Para “Os 13 Porquês” aconteceu a primeira opção e foram necessários dois dias para concluir a leitura.

Na curta sinopse, a obra conta a história dos 13 motivos que levaram a adolescente Hanna Baker a cometer suicídio. Ela gravou em fitas de áudio (sim, daquelas bem antigas) as histórias, que envolveram pessoas específicas, e programou para que elas recebessem o pacote na ordem com que elas aparecem no contexto. Assim, é a vez de Clay Jensen receber a encomenda e então acompanhamos o livro sob o ponto de vista dele.

Tudo é muito misterioso no começo. O protagonista, inclusive, não sabe por que está inserido nos porquês de Hanna. Cada capítulo é um lado de uma fita. Porém, no começo você se pergunta: “é sério que essa menina ficou afetada por uma coisa besta dessa?”. Mas é exatamente isso que torna o livro ainda mais interessante. Além da escrita incrível, que até lembra a de John Green, você sente a necessidade incontrolável de acompanhar a história e saber como os porquês iram se tornar mais graves e onde a “bola de neve” irá parar. O suspense é muito bem construído.

É engraçado que a forma como você vai enxergar esse livro vai depender muito da sua idade. Um misto de emoções e pensamentos passam por você durante a leitura. Todas as vezes que eu considerava Hanna fraca por se sentir atingida por coisas “pequenas”, eu lembrava que ela era uma adolescente e, como qualquer um deles, apresenta uma oscilação de sentimentos que precisa ser compreendida por quem está ao seu redor. Se esse adolescente não possui amigos verdadeiros e muito menos uma família que te ampare, então o caso se torna mais grave ainda. Portanto, ao terminar o livro passei a refletir um pouco mais sobre as pessoas e as nossas atitudes perante elas.

Não sei se todos passaram por uma experiência traumatizante na infância ou na adolescência, mas isso com certeza é capaz de te marcar por toda a sua vida. Alguns simplesmente conseguem superar e seguir em frente, mas não podemos esquecer que as pessoas e as circunstâncias em que elas se encontram são diferentes. É nesse cenário que precisamos tomar muito cuidado com o impacto das nossas atitudes na vida dos outros. É preciso compreender e, o mais importante, tentar ajudar o próximo. Perceber nas entrelinhas.

Por mais que eu ainda considere o suicídio uma fraqueza pessoal (e este livro ilustrou muito bem isso), pensar que todos reagem da mesma forma a tudo também é um completo equívoco. Reitero: ter amigos de verdade ou ter uma família que te compreende com certeza ameniza suas angústias, mas e quando você não tem nenhum dos dois?

[#LeiaResenhas] Pittacus Lore - O Poder dos Seis (Os Legados de Lorien #2)

#LeiaResenhas Pittacus Lore O Poder dos Seis. Montagem: Renato Souza.
Lembro que pequeno eu não gostava muito de livros narrados em primeira pessoa. Não sei por que, mas era algo com o qual eu não me identificava, tinha a impressão de que faltava informação na história. Hoje é totalmente diferente. Gosto de narrações que tenham apenas um ponto de vista, mas se são dois a escrita é ainda melhor, assim como foi com os livros mais recentes “Garota Exemplar” e os da trilogia “Legend”. Agora, me deparei com “O Poder dos Seis”, continuação eletrizante da série “Os Legados de Lorien”.

Por ser um livro continuação, prefiro deixar a sinopse um pouco de lado (sim, odeio spoilers) e me concentrar no que senti ao lê-lo.

Posso dizer uma coisa com certeza: se eu tivesse tido mais tempo disponível, teria lido em um dia. A escrita continua excelente, passamos a conhecer um pouco mais dos personagens veteranos e a gostar dos novos. Reafirmo o que disse na resenha do livro anterior: o autor tem completo domínio da história. Temos a impressão de que já existe um final definido para a saga de sete livros e que tudo vem sendo bem encaixado para alcançar esse desfecho. Alguns ganchos deixados na obra anterior foram resolvidos e novos foram inseridos, aumentando a ansiedade do leitor.

Nesse sentido, é bom acompanhar uma série e perceber que o autor não precisa arrastar os eventos em uma tentativa desesperada de manter os seus leitores presos ao livro. A história por si só já apresenta bases sólidas e você sente uma adrenalina e curiosidade só de acompanhá-la. Os capítulos são muito bem construídos e você fica na torcida pelos Legados de Lorien.

Neste segundo livro da saga, a ação se faz presente novamente, mas o destaque maior ficou por conta do suspense reforçado através da alternação dos pontos de vista dos números Quatro (John Smith) e Sete (Marina). Percebi que a "dupla" Pittacus Lore se preocupa em não deixar a história se acomodar e essa mudança de narrador em primeira pessoa é apenas mais um dos seus recursos utilizados para provocar essa dinâmica no livro.

Confesso: estou muito viciado na série e talvez eu tenha deixado passar algumas falhas do livro, mas quando você se vê envolvido da forma como fiquei esses erros não têm muito peso para o conjunto, basta que a história tenha uma lógica e uma personalidade próprias. Ainda faltam explicações e alguns “números” para conhecermos e mal posso esperar para continuar a série. Tomara que mantenha o nível, porque até agora está eletrizante. Leiam!

[#LeiaResenhas] Julie Cross - Tempest (Tempest #1)

#LeiaResenhas Julie Cross - Tempest. Montagem: Renato Souza.
Penso que dificilmente alguém não tenha assistido a algum filme sobre viagens no tempo. Nesse tema, pelo menos "De Volta para o Futuro" e "Efeito Borboleta" ficaram guardados na minha memória e até hoje acho quase impossível superar esses dois filmes. No entanto, ler um livro com esse assunto eu nunca tinha lido, quando acabei dando de cara com "Tempest".

A sinopse é muito simples: Jackson (19 anos) é secretamente um viajante do tempo e vê sua namorada - Holly - ser assassinada na sua frente no ano de 2009. Porém, acidentalmente ele dá um "salto distante" para o passado no momento do ocorrido e não consegue mais voltar para o seu presente, ficando preso no ano de 2007, quando Holly ainda nem o conhecia. Clichê? Não! Esqueça praticamente tudo que você já vivenciou sobre viagem no tempo. Já nas primeiras páginas é possível perceber que você está diante de uma história original e de muita adrenalina.

Apesar de as causas serem românticas, o livro não é focado no "romance meloso" (risos), ainda mais porque o narrador em primeira pessoa é o próprio Jackson. O enfoque maior é na ação, na aventura e na ficção científica.

É complicado ser imparcial nesta resenha, porque existem livros que conseguem te conquistar de uma maneira inacreditável. Talvez seja pelo fato de eu gostar do tema "viagens no tempo", mas eu acredito que a originalidade da história e as novas teorias que foram colocadas nela tenham me chamado mais atenção. Os dilemas, os personagens e o suspense a cada página te prendem no universo e, como disse uma crítica do livro, por vezes você quer saltar no tempo só para saber logo o final (risos).

Se for pra criticar, achei duas coisas um pouco falhas. Uma é com relação às descrições. Algumas cenas de ação têm seus elementos pouco descritos e a gente meio que se perde no cenário, pois não consegue visualizá-lo com clareza. Outra coisa é com relação ao final. Se formos analisar como um livro isolado, o final não teve nada de originalidade, apesar de toda a história ter sido única. Porém, se pensarmos que a história é uma trilogia, o "fim" foi perfeitamente encaixado e te provoca uma ansiedade imensa para continuar a acompanhar a série!

Mesmo com essas duas ressalvas, isso não impediu Tempest de entrar para a minha lista de livros favoritos, porque o tema me agrada (e muito!) e foi colocado na obra de maneira inédita. Espero sinceramente que mantenha o nível ou até mesmo melhore nas continuações, pois a saga tem potencial até mesmo para se tornar um grande filme. Muito bom, recomendo!

[#LeiaResenhas] Gillian Flynn - Objetos Cortantes

#LeiaResenhas Gillian Flynn - Objetos Cortantes. Montagem: Renato Souza.
Gillian Flynn conseguiu conquistar uma legião de fãs após o sucesso de "Garota Exemplar", livro o qual eu coloco como um dos melhores que já li. No entanto, a grandiosidade dessa obra acaba colocando bastante peso nos outros livros da autora, mas era de se esperar que o seu primeiro livro (Objetos Cortantes) não se comparasse ao mais recente deles.

Logo no início percebemos a identidade de Flynn na escrita. Sem poupar palavras, através da narração em primeira pessoa acompanhamos a personagem "Camille" ir se revelando aos poucos para o leitor. As primeiras 50 páginas provocam certo tédio, mas a sua maioria é necessária para introduzir a repórter de volta a sua cidade natal - Wind Gap.

Uma característica que eu admiro demais na autora e que parece ser um padrão em seus livros é a justificativa psicológica para os atos dos principais personagens. Gillian não se contenta só em relevar um assassino, um vilão, um herói... ela precisa contar quais são as influências mentais de cada um, o que torna o enredo mais crível e prende o leitor. Esse é sem dúvida o ponto alto de "Objetos Cortantes", já que somos apresentados a alguns personagens complexos. No entanto, duas falhas graves foram cometidas em seu livro de estreia.

Eu não sei se é por pressão da editora em ter que completar certo número de páginas, mas achei diversos personagens desnecessários para a história, no sentido de você terminar de ler e nem lembrar o nome deles direito. Outra coisa: Flynn apresentou um bom desenvolvimento da história, mas arrastou o desfecho de maneira que temos a sensação de que as últimas 10 páginas foi o resumo de 30, no mínimo. O que deveria ter sido muito mais desenvolvido acabou ficando para trás. Uma pena, já que "a surpresa" da história não deve provocar alvoroço nenhum devido à falta de preparação para ela.

De fato, o livro poderia ter sido incrível, mas foi mais ou menos. Se pensarmos que foi apenas a estreia da autora, muitos erros devem ser ignorados, pois a história tem potencial e personalidade própria, mas como obra isolada deixou a desejar.

[#LeiaResenhas] Pittacus Lore - Eu Sou o Número Quatro (Os Legados de Lorien #1)

#LeiaResenhas Pittacus Lore - Eu Sou o Número Quatro. Montagem: Renato Souza.
É engraçado: sempre que assisto a algum filme de um livro, sem ter lido o livro primeiro, e gosto, obviamente procuro as continuações para que eu possa ler. No entanto, em 2011 cheguei a assistir ao filme "Eu Sou o Número Quatro", gostei bastante, mas não procurei os livros sequenciais e esperei com expectativa pelos filmes. Infelizmente o primeiro não fez tanto sucesso e resolveram abandonar a saga. Achei estranho, pois parecia estar tudo encaixado, até que resolvi ler o livro agora em 2015 e entendi o que aconteceu.

No início, "Eu Sou o Número Quatro" parece ser aquela história clichê em que o alien-adolescente-superpoderoso se junta aos seres humanos, frequenta a escola como qualquer pessoa e esconde sua identidade para o mundo porque é muito perigoso que as pessoas saibam da sua existência e etc. No entanto, esta história apresenta algumas boas particularidades. Neste caso, o número Quatro (John Smith) é procurado juntamente com mais outros oito Legados de "Lorien" (seu planeta de origem), que foi destruído há muito tempo e nove vieram se esconder na Terra, juntamente com seus guardiões. Porém, os três primeiros números foram mortos pelos mongadorianos e cia. Agora, só restam seis, que têm a missão de vencer a guerra e restaurar Lorien.

Um dos pontos mais positivos que encontrei foi a escrita (em primeira pessoa). Tudo é tão bem narrado e o enredo tem um ritmo tão acertado que você se sente envolvido facilmente. A história é abrangente e tudo vai sendo muito bem conectado, o que mostra domínio do autor. Ele conduz com maestria os eventos do livro e as cenas de ação (que não são poucas) são muito bem descritas, assim como os personagens. Apesar de ser um livro com enfoque maior na Ação e na Aventura, o suspense e o romance são colocados na dosagem e no momento certos.

Não tenho muito o que descrever agora, pois essa foi apenas a introdução de uma saga de sete livros, e muito promissora, por sinal. Existem várias questões que ainda não foram explicadas e serviu apenas de propaganda para os próximos capítulos. Já me considero viciado e muito curioso para saber o que vai acontecer com "Os Legados de Lorien". A história tem muito o que explorar. Pra quem gosta do estilo, eu recomendo.

Obs.: comparando filme e livro, impressionante como algo ficou tão mal adaptado. Não é de se surpreender que não tenha feito o sucesso esperado no cinema. Apesar de ter tido uma boa produção e bons atores, a alteração da história e a ausência de explicações importantes para o entendimento dela incomodaram. Como filme independente é até bom, mas como uma adaptação de livro é de fato esquecível.

[#LeiaResenhas] S. J. Watson - Antes de Dormir

#LeiaResenhas S. J. Watson - Antes de Dormir. Montagem; Renato Souza.
Não é novidade que curto muito livros de suspense psicológico, aqueles tensos e de finais surpreendentes, com histórias bem amarradas e que envolvam uma pequena "bagunça" na mente humana. Nesse gênero, o livro "Antes de Dormir", de S. J. Watson, me viciou da maneira que eu gosto: daquele jeito de você começar a ler e não querer parar mais.

Na breve sinopse, a protagonista Christine sofre um problema de memória, sendo que ela só lembra da sua vida até uma certa idade e só consegue absorver novas memórias até dormir, pois quando acorda já esqueceu tudo que viu no dia anterior (parece o filme "Como se fosse a primeira vez", não é? Mas a semelhança para aí). Então, o livro começa com ela acordando ao lado de um cara (Ben) que diz ser seu marido há 22 anos, mas ela não se lembra de nada desse período. E aí começa a ficar mais intrigante quando um doutor liga pra ela dizendo que tem um diário que ela mesma escreveu na última semana contando os fatos que foram acontecendo com ela. Na primeira página do diário? "Não Confie em Ben".

Este livro apresenta tensão do início ao fim. Pelo fato da história ser narrada em primeira pessoa, na visão de Christine, você vai descobrindo junto com ela sobre os fatos que a cercam, ou seja, você também não sabe em quem confiar. Mesmo com poucos personagens, a autora consegue criar uma trama que nos deixa em dúvida sobre as reações intensões de todos, e é este o grande acerto, pois quanto mais a história se aprofunda, mais ficamos curiosos em descobrir quem o vilão e quem é mocinho, pergunta que persiste até as últimas páginas.

Apesar de todo esse cenário eletrizante, o pequeno ponto fraco do livro foram algumas partes um pouco cansativas e repetitivas. Isso pode ser justificado pelo iminente esquecimento da protagonista, mas para o leitor ficou um pouco maçante. Não chegou a comprometer a qualidade da obra, mas esta poderia ter sido perfeita se não fosse por essas partes.

Na finalização todas as peças foram muito bem encaixadas e pode surpreender a muitos leitores. Eu recomendo muito este livro para aqueles que querem se sentir presos a uma boa história, do início ao fim. Muito bom!

Obs.: ignorem o filme, ficou muito ruim!

[#LeiaResenhas] Marie Lu - Champion (Legend #3)

#LeiaResenhas Marie Lu - Champion. Montagem: Renato Souza.
Fico sem palavras para descrever o quanto foi incrível este livro. Primeiro me impressionei com Legend, depois gostei igualmente de Prodigy e, agora finalizando com "Champion", me deparei com um final perfeito de saga distópica.

Depois de pesquisas sobre distopias na internet, me surpreendi com o universo criado pela autora Marie Lu em "Legend", ambientado em um cenário de guerra e sob os pontos de vistas alternados de dois protagonistas muito bem construídos: Day e June. O ponto alto do livro é sem dúvida esses dois personagens. Desde o primeiro livro da trilogia acompanhamos como as vidas deles se cruzaram e os percursos que precisam enfrentar para defender essa união. Eu queria comentar mais do que isso sem dar spoilers, mas é impossível (risos).

Essa série foi a maior prova viva que para conquistar o leitor não é necessário encher um livro de elementos, basta ser simples mas ter uma linguagem própria, apresentando protagonistas que possam sustentar o enredo e que cativem de um jeito ou de outro os leitores.

Eu esperava certo final para a saga, mas a surpresa que eu tive me fez aplaudir a autora pela sua originalidade. Irei sentir falta demais dessa série. Ficou na memória!

[#LeiaResenhas] Gillian Flynn - Garota Exemplar

#LeiaResenhas Gillian Flynn - Garota Exemplar. Montagem: Renato Souza.
Logo que foi anunciado o filme homônimo de "Garota Exemplar", de Gillian Flynn, fiquei bastante interessado em lê-lo, uma vez que a premissa era boa, os atores que fariam os personagens eram muito bons e não era todo dia que víamos uma adaptação de suspense psicológico. Sabe aqueles livros que você termina e fica pensando que a autora deve ser doente por ter tamanha inteligência? Pois é, este é o caso.

A história acompanha a trajetória de um casal bastante complexo: Nicky e Amy. Tudo começa quando ele chega em casa e se depara com uma cena bastante suspeita, em que as evidências levam a crer que sua esposa foi sequestrada e/ou assassinada, sendo que Nicky é o principal suspeito. Então a procura por Amy, que deixou várias pistas para que seu marido pudesse desvendar, brincadeira tradicional do casal, é iniciada.

O livro (narrado em primeira pessoa) é dividido em "três livros", todos com capítulos alternados entre os dois protagonistas. Repleto de verdades sobre os relacionamentos e sobre a mídia, deparamos com dois personagens extremamente complexos. É impressionante como a autora Gillian Flynn vai fundo na mente deles. As primeiras páginas são um pouco cansativas, confesso, mas a sua curiosidade vai crescendo a medida que as revelações começam a acontecer.

É preciso respeitar muito o que autora fez em Garota Exemplar. É como se ela criticasse todos os clichês que são utilizados nos livros, filmes e etc. e como somos vítimas dessa "robotização", quero dizer, todos os fatos do livro levam o leitor a pensar em resultados tradicionais das histórias, mas a todo momento ele é surpreendido. O que eu fico impressionado é que, mesmo depois de ter lido tantos livros, uma grande revelação pode te deixar boquiaberto. 

Esta é uma história que desperta sentimentos variados no leitor, sentimentos estes que não posso revelar sem dar spoilers, e esta com certeza eu não quero estragar em nada. Eu preciso que todos se surpreendam como eu (risos). Sem dúvida este livro entra para um dos melhores que já li. Tenho uma queda pelos de suspense psicológico e esse foi capaz de me deixar uma semana sem conseguir ler outro, pois fiquei um tanto perturbado e impressionado.

Creio que o final divide opiniões até hoje, mas eu particularmente achei digno de aplausos e completamente inovador e original. Leia, urgente!

Obs.: o filme ficou excelente! A adaptação foi praticamente perfeita, só o final que poderia ter sido mais fiel. De resto, recomendo.