#LeiaResenhas Petrus Logus: o Guardião do Tempo (Augusto Cury). Montagem: Renato Souza. |
Não é à toa que Augusto Cury é o autor brasileiro mais lido na última década. Já são algumas dezenas de livros publicados, de acordo com seu currículo. No entanto, sua fama é de lançar livros de autoajuda, os quais eu não costumo curtir, a não ser quando têm toda uma boa história por trás dos grandes ensinamentos, como é o caso de “Petrus Logus: o Guardião do Tempo”.
É engraçado como me deparei com esse livro por eventualidade e como ele me prendeu desde a primeira página. Há alguns meses tinha lido “Armadilhas da Mente”, do mesmo autor, e fiquei fã logo de cara devido às grandes lições de vida que ele consegue passar através dos diálogos entre os personagens. Com Petrus Logus e coadjuvantes não é diferente. Além disso, eu não esperava que esse livro levaria tão a sério o estilo aventura ao ponto de ser apenas o primeiro de uma (possível) trilogia.
Na premissa, a humanidade foi quase totalmente dizimada após o fim da Terceira Guerra Mundial, que ocasionou um desastre sem precedentes. Os recursos naturais se tornaram quase nulos, a sociedade passou a ser liderada por um rei e foi proibido o acesso aos recursos tecnológicos e às principais fontes de conhecimento, como os livros. Dessa forma, a população também deixou de ser permitida de criticar as autoridades. Por quê? Porque na teoria foi justamente o acesso ao conhecimento que ocasionou o desastre na Terra, já que a maioria dos seres humanos se mostrou despreparada para lidar com a quantidade de informações proporcionada pelo avanço tecnológico e passou dos limites devido ao excesso da vaidade em detrimento de outros valores mais importantes e essenciais à convivência.
Sinopse muito chamativa e que com certeza nos levaria a refletir sobre o mundo atual. Só que eu não sabia que Augusto Cury conseguiria encaixar uma boa história de aventura em todo esse cenário distópico. Acompanhamos o sofrimento de Petrus (personagem principal) logo nas primeiras páginas pelo fato de ele carregar em si a vontade de questionar, aprender e ser justo com as pessoas. Isso lhe causa muitos castigos e inclusive a rejeição da sua própria família. Em meio a toda essa trajetória ele faz bons amigos e com isso nos deparamos com diálogos muito reflexivos sobre a sociedade atual. O que eu gosto dos livros de Augusto Cury é justamente isso, que durante várias passagens você se encanta com as frases de reflexão e pensa exatamente da mesma forma ou acaba aprendendo e aplicando aquilo para a sua vida.
Estamos vivendo uma situação em que as pessoas têm dificuldade de manter o equilíbrio emocional. Nos enjoamos muito rápido das coisas, deixamos de nos alegrar com coisas simples, nos vemos em estado cada vez mais constante de ansiedade, entre outros cenários. Precisamos aprender a equilibrar as nossas emoções, deixar o preconceito de lado, termos mais humildade ao invés da vaidade e nos colocarmos no lugar do outro para só assim conseguirmos viver de verdade. Através da metáfora do livro entre Petrus e seu leão, percebemos a importância de sabermos controlar os nossos instintos, naturais de todo ser humano, mas que causam bastante estrago quando não são domados.
O fato de ser um livro com uma boa história e ser bastante reflexivo o colocou na minha lista de favoritos, mas algumas críticas minhas impediram que ele ganhasse nota máxima. Não sei se é pelo fato de ser a primeira vez que Augusto Cury escreve uma aventura desse porte, mas alguns exageros durante a sua escrita chegaram a incomodar. Existe um excesso de “íssimos” que poderia ser diminuído para deixar a história mais adulta, fora os exageros relacionados à reação dos personagens, do tipo “todos choraram muito”, “eu não posso viver sem você”, penso que esses termos já estão ultrapassados (risos). Ainda, existem algumas falhas no roteiro quando algumas situações se resolvem de maneira muita rápida, deixando explicações básicas de lado, principalmente nas últimas páginas.
Tirando isso, o livro foi uma grata surpresa, pois não imaginava uma junção aventura + autoajuda, e que surpreendentemente deu muito certo sem ficar monótono e cansativo. A todo momento nos deparamos com um acontecimento diferente e é uma pena (ou ainda bem) que foi só o primeiro volume, o que deixou várias pontas soltas ao final da história. Mal posso esperar para acompanhar os próximos capítulos. Leiam!
É engraçado como me deparei com esse livro por eventualidade e como ele me prendeu desde a primeira página. Há alguns meses tinha lido “Armadilhas da Mente”, do mesmo autor, e fiquei fã logo de cara devido às grandes lições de vida que ele consegue passar através dos diálogos entre os personagens. Com Petrus Logus e coadjuvantes não é diferente. Além disso, eu não esperava que esse livro levaria tão a sério o estilo aventura ao ponto de ser apenas o primeiro de uma (possível) trilogia.
Na premissa, a humanidade foi quase totalmente dizimada após o fim da Terceira Guerra Mundial, que ocasionou um desastre sem precedentes. Os recursos naturais se tornaram quase nulos, a sociedade passou a ser liderada por um rei e foi proibido o acesso aos recursos tecnológicos e às principais fontes de conhecimento, como os livros. Dessa forma, a população também deixou de ser permitida de criticar as autoridades. Por quê? Porque na teoria foi justamente o acesso ao conhecimento que ocasionou o desastre na Terra, já que a maioria dos seres humanos se mostrou despreparada para lidar com a quantidade de informações proporcionada pelo avanço tecnológico e passou dos limites devido ao excesso da vaidade em detrimento de outros valores mais importantes e essenciais à convivência.
Sinopse muito chamativa e que com certeza nos levaria a refletir sobre o mundo atual. Só que eu não sabia que Augusto Cury conseguiria encaixar uma boa história de aventura em todo esse cenário distópico. Acompanhamos o sofrimento de Petrus (personagem principal) logo nas primeiras páginas pelo fato de ele carregar em si a vontade de questionar, aprender e ser justo com as pessoas. Isso lhe causa muitos castigos e inclusive a rejeição da sua própria família. Em meio a toda essa trajetória ele faz bons amigos e com isso nos deparamos com diálogos muito reflexivos sobre a sociedade atual. O que eu gosto dos livros de Augusto Cury é justamente isso, que durante várias passagens você se encanta com as frases de reflexão e pensa exatamente da mesma forma ou acaba aprendendo e aplicando aquilo para a sua vida.
Estamos vivendo uma situação em que as pessoas têm dificuldade de manter o equilíbrio emocional. Nos enjoamos muito rápido das coisas, deixamos de nos alegrar com coisas simples, nos vemos em estado cada vez mais constante de ansiedade, entre outros cenários. Precisamos aprender a equilibrar as nossas emoções, deixar o preconceito de lado, termos mais humildade ao invés da vaidade e nos colocarmos no lugar do outro para só assim conseguirmos viver de verdade. Através da metáfora do livro entre Petrus e seu leão, percebemos a importância de sabermos controlar os nossos instintos, naturais de todo ser humano, mas que causam bastante estrago quando não são domados.
O fato de ser um livro com uma boa história e ser bastante reflexivo o colocou na minha lista de favoritos, mas algumas críticas minhas impediram que ele ganhasse nota máxima. Não sei se é pelo fato de ser a primeira vez que Augusto Cury escreve uma aventura desse porte, mas alguns exageros durante a sua escrita chegaram a incomodar. Existe um excesso de “íssimos” que poderia ser diminuído para deixar a história mais adulta, fora os exageros relacionados à reação dos personagens, do tipo “todos choraram muito”, “eu não posso viver sem você”, penso que esses termos já estão ultrapassados (risos). Ainda, existem algumas falhas no roteiro quando algumas situações se resolvem de maneira muita rápida, deixando explicações básicas de lado, principalmente nas últimas páginas.
Tirando isso, o livro foi uma grata surpresa, pois não imaginava uma junção aventura + autoajuda, e que surpreendentemente deu muito certo sem ficar monótono e cansativo. A todo momento nos deparamos com um acontecimento diferente e é uma pena (ou ainda bem) que foi só o primeiro volume, o que deixou várias pontas soltas ao final da história. Mal posso esperar para acompanhar os próximos capítulos. Leiam!