domingo, 7 de junho de 2015

[#LeiaResenhas] Pittacus Lore - O Poder dos Seis (Os Legados de Lorien #2)

#LeiaResenhas Pittacus Lore O Poder dos Seis. Montagem: Renato Souza.
Lembro que pequeno eu não gostava muito de livros narrados em primeira pessoa. Não sei por que, mas era algo com o qual eu não me identificava, tinha a impressão de que faltava informação na história. Hoje é totalmente diferente. Gosto de narrações que tenham apenas um ponto de vista, mas se são dois a escrita é ainda melhor, assim como foi com os livros mais recentes “Garota Exemplar” e os da trilogia “Legend”. Agora, me deparei com “O Poder dos Seis”, continuação eletrizante da série “Os Legados de Lorien”.

Por ser um livro continuação, prefiro deixar a sinopse um pouco de lado (sim, odeio spoilers) e me concentrar no que senti ao lê-lo.

Posso dizer uma coisa com certeza: se eu tivesse tido mais tempo disponível, teria lido em um dia. A escrita continua excelente, passamos a conhecer um pouco mais dos personagens veteranos e a gostar dos novos. Reafirmo o que disse na resenha do livro anterior: o autor tem completo domínio da história. Temos a impressão de que já existe um final definido para a saga de sete livros e que tudo vem sendo bem encaixado para alcançar esse desfecho. Alguns ganchos deixados na obra anterior foram resolvidos e novos foram inseridos, aumentando a ansiedade do leitor.

Nesse sentido, é bom acompanhar uma série e perceber que o autor não precisa arrastar os eventos em uma tentativa desesperada de manter os seus leitores presos ao livro. A história por si só já apresenta bases sólidas e você sente uma adrenalina e curiosidade só de acompanhá-la. Os capítulos são muito bem construídos e você fica na torcida pelos Legados de Lorien.

Neste segundo livro da saga, a ação se faz presente novamente, mas o destaque maior ficou por conta do suspense reforçado através da alternação dos pontos de vista dos números Quatro (John Smith) e Sete (Marina). Percebi que a "dupla" Pittacus Lore se preocupa em não deixar a história se acomodar e essa mudança de narrador em primeira pessoa é apenas mais um dos seus recursos utilizados para provocar essa dinâmica no livro.

Confesso: estou muito viciado na série e talvez eu tenha deixado passar algumas falhas do livro, mas quando você se vê envolvido da forma como fiquei esses erros não têm muito peso para o conjunto, basta que a história tenha uma lógica e uma personalidade próprias. Ainda faltam explicações e alguns “números” para conhecermos e mal posso esperar para continuar a série. Tomara que mantenha o nível, porque até agora está eletrizante. Leiam!