quinta-feira, 11 de junho de 2015

[#LeiaResenhas] Teri Terry - Reiniciados (Trilogia Reiniciados #1)

Crítica do livro Teri Terry - Reiniciados (Trilogia Reiniciados #1). Montagem: Renato Souza.
Distopia passou a ser moda desde o grandioso "Jogos Vorazes". Neste gênero, uma leva de livros foi lançada na tentativa de fazer o mesmo sucesso que o representante do estilo literário, mas nenhum ainda conseguiu na mesma proporção, e não é diferente com o livro "Reiniciados", de Teri Terry.

A premissa é daquelas de fazer qualquer um querer adquirir o livro. Num futuro distópico, os reiniciados são aqueles que desobedeceram à lei de alguma forma e tiveram as suas memórias e personalidade apagadas. Kyla, personagem principal, é um desses indivíduos, que são sempre adotados por uma família e precisam respeitar seu "nivo" - espécie de regulador das emoções do reiniciado, sendo 10 para muito feliz. Dessa forma, experimente sentir medo, raiva ou qualquer sentimento do gênero e terá uma morte rápida. É preciso controlar esse nivo a todo momento se quiser sobreviver. Tentar removê-lo não é uma alternativa. O governo precisa de uma sociedade controlada. Interessante, não? Mas o desenvolvimento é muito lento.

Ao ler a sinopse temos a sensação de estar diante de um livro eletrizante. Temos uma personagem que não sabe o que ela fez antes de ser reiniciada e isso se torna um mistério para o leitor também. No entanto, ela passa inexplicavelmente a ter lembranças muito vagas da sua vida anterior. É aí que o cenário "não posso confiar em ninguém" poderia ser muito bem trabalhado, mas não foi. A autora não se aprofundou nos personagens e não temos grandes acontecimentos na história. Isso mesmo: durante pouco mais de 400 páginas, não temos praticamente nenhum avanço.

Apesar desses pontos negativos, o que te faz querer terminar o livro é a escrita leve. Também, existe um potencial na história que te faz querer acompanhá-la, mesmo com as decepções. Se mais personagens tivessem sido inseridos e melhor trabalhados e mais surpresas acontecessem, com certeza estaríamos diante de um livro perfeito. A autora pecou pela simplicidade excessiva e falta de agilidade.

Este início de trilogia não me empolgou, mas gostaria de deixar uma ressalva: a história pode melhorar a partir do segundo livro. O que não foi desenvolvido em "Reiniciados", pode vir a acontecer em "Fragmentada", mesmo que a primeira obra não tenha causado aquela necessidade de ler imediatamente a sequência. Talvez em um futuro próximo eu leia, mas não é prioridade.